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Saturday, September 16, 2006

Tocar a História…

Auschwitz e Birkenau são os dois maiores campos de concentração da fase nazi que podem encontrar na Polónia. São dois lugares marcados por uma carga histórica enorme e, que só é possível sentir, no local, atentando à explicação de um guia local (que já deve ter trilhado aqueles caminhos mais de um milhar de vezes).

A forma encontrada pelo exército alemão para trazer os judeus e todos os não-arianos para os campos de concentração era baseada na falta de desinformação. Aos “futuros prisioneiros” eram prometidos empregos e grandes oportunidades de enriquecimento, e assim convenciam-nos a gastar todo o seu dinheiro para comprar bilhetes de comboio para toda a família e partiam todos para o que pensavam ser “uma vida melhor” e afinal não seria muito diferente do “inferno”.

Á chegada a Auschwitz deparavam-se com uma incrição no portão de entrada que não podia ser mais irónica: “Arbeit Macht Frei” ou seja, “O trabalho traz liberdade”.






Na minha opinião, esta “liberdade” só podia ser encontrada de uma forma por toda esta gente, era quando os alemães decidiam acabar com o sofrimento das pessoas e as “enfiavam” na câmara de gás. Eu digo isto, porque o que será pior? Viver para ser escravo e sem qualquer esperança de ser salvo, ou ver-se finalmente livre de tudo aquilo? Acreditem que, depois de ver as “solitárias” no “Block 11” (único bloco que está conservado como original, cuja entrada podem ver na foto anexa) onde aquelas pessoas passavam muitas horas do seu dia, a minha opinião passou a ser esta (claro que ainda estava longe o dia em que a tropa soviética veio libertar todos estes prisioneiros…).



Houve explicações que me deixaram boquiaberto, como por exemplo, sobre raparem todos os pêlos do corpo dos prisioneiros para, num tear, fazerem camisolas, meias, e outros tipos de peças e... esta explicação foi-nos dada enquanto estávamos diante de uma vitrina recheada de cabelos humanos!!! Deveras impressionante.

Mas ainda mais impressionante é a capacidade de organização e sistematização de processos dos alemães. Os soldados chegavam ao ponto de diferenciar as calorias das refeições que davam a idosos, crianças, mulheres e homens. Estes últimos eram os que a “mais” calorias tinham direito, pois eram necessários para trabalhar como escravos, enquanto que todos os outros ou eram dados como inaptos para o trabalho e, consequentemente enviados para câmaras de gás, ou eram remetidos a enclausuramento e acabavam por morrer algum tempo depois.


Se Auschwitz era mau, Birkenau era ainda pior, quanto mais não seja, por ser infinitamente maior.
Este campo de concentração comportava centenas de milhares de judeus e pessoas de outras raças e credos que não os “arianos nazis”, em condições sub-humanas. Um exemplo disso mesmo são as latrinas comuns, dispostas lado a lado, sem qualquer tipo de divisória e que, para as utilizarem, vários “prisioneiros” esperavam numa fila enquanto um seu companheiro de reclusão se “via livre dos seus próprios despojos…”. Tudo isto se passava à vista de todos, assim como pequenos espaços, a que os alemães chamavam de cama, que serviam para dúzias de pessoas, esqueléticas, dormirem e, muitas delas, não resistiam ao frio nocturno do rigoroso Inverno polaco, já que estes blocos onde eram confinados haviam sido construídos em madeira e, como tal, eram bastante frios.

Em suma, apesar de não serem lugares agradáveis, na minha opinião, são dois marcos na História do séc XX e, como tal, merecem ser visitados e compreendidos em toda a sua dimensão…

Sunday, September 03, 2006

As fotos que os depravados visitantes masculinos deste blog tanto esperavam…

Deixo os comentários para quem tiver alguma coisa a dizer acerca fotos tiradas no Cién.

Apenas queria pedir desculpa pela falta de qualidade das fotografias mas o fotógrafo estava, obviamente, distraído com alguma coisa…